quarta-feira, 5 de julho de 2006

Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional












A Naturtejo espera ver o seu Geoparque distinguido pela Unesco, como um destino de excelência em termos de turismo de natureza. Um certificado de qualidade que lhe permita integrar o lote dos 37 geoparques reconhecidos a nível mundial. Em Portugal, será o primeiro.

De acordo com Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo, a avaliação da Unesco deverá chegar no decorrer deste mês, sendo que “as perspectivas são positivas, pois passámos todas as fases técnicas e o parecer da equipa de especialistas que nos visitou foi positivo”, realça.

O geoparque, composto por toda a região Naturtejo, apresenta como características “um rico património natural e histórico-cultural, tendo a geologia, a geomorfologia e a paleontologia como elemento unificador de todo este projecto”, sublinha Armindo Jacinto.

“O turismo de natureza está a crescer a nível mundial, só que mesmo aí há muita concorrência e estas regiões do mundo tentam posicionar-se da melhor forma para captar o maior número possível de turistas, apostando muito na qualidade” e esse “é o caminho que estamos a seguir”, assegura este responsável.

O que distingue o Geoparque?
O Geoparque Naturtejo da Meseta Meridional, que une os municípios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão, pretende valorizar os locais que agem como testemunhos-chave da nossa história, que deve ser dada a conhecer e a explorar.

Em termos de actividades geoturísticas, o parque distingue-se pela oferta de densas redes de percursos pedestres. Refira-se que, tendo como pressuposto a temática da geologia, o Geoparque tem a Rota dos Fósseis, em Penha Garcia, a Rota das Minas, em Segura, a Rota dos Barrocais, em Monsanto e, ainda, a Rota do Conhal, em Santana.

No que respeita a desporto ligado à natureza, destacam-se os percursos equestres, BTT, escalada, canoagem, pesca, caça, safaris fotográficos e todo-o-terreno. Relativamente ao património histórico, de referir que na zona da Naturtejo situam-se duas das 10 aldeias históricas nacionais: Monsanto e Idanha-a-Velha.

Também a gastronomia e o artesanato se apresentam como um atributo de relevância para esta região turística situada no interior do país. Um dos pontos de união mais importantes da

Naturtejo é a gastronomia, onde se realçam o borrego, o cabrito, o porco e os seus enchidos, enquanto do rio vêm outros petiscos apreciados por esta gente: barbos, carpas, trutas ou lampreias. Não esquecer os doces conventuais, que quem passa por esta região não pode deixar de apreciar.

Finalmente, o artesanato constitui outra das relíquias desta zona, sendo as rodilhas e mantas de ourelos, as marafonas, as rendas ou o adufe alguns dos destaques.

Fonte - Kaminhos Magazine

2 comentários:

Filipe disse...

Boa tarde,

Gostava de saber com que ou onde me posso queixar do tratamento que tivemos em Penha Garcia.
Eu e os meus dois filhos estavamos a admirar as pedras no chão e claro, pegavamos nelas, eram apenas cascalho, de repente apareçeu um homem (na casa dos 45 anos), logo com ameaças e muito agressivo, o qual posso identificar se for necessário.
A minha pergunta é: de que serve tanta publicidade sobre a rota dos fosseis se quem la vai é tratado assim. Fomos tratados como se estivessemos a roubar!
Não precisamos disso, e ..."bom julgador, por si se julga", até estavamos em fato de banho e descaços, pois estavamos a tomar banho na piscina da cascata.
Se não nos pedirem desculpa, vamos sempre que possivel passar esta informação de hospitalidade e simpatia a todos os turistas do Mundo!!!!!!
Obrigado, até breve.
Filipe Nunes da Silva

Centro de Portugal disse...

Caro Filipe,

Em nome da Marca Centro de Portugal, gostaríamos sinceramente de lhe apresentar desculpas pelo sucedido e dizer-lhe que faremos chegar o seu comentário ao Sr. Presidente da Naturtejo, responsável pela gestão do Geopark Naturtejo da Meseta Meridional.
Em todo o caso, gostaríamos de apelar às sua compreensão, tendo em conta o enquadramento histórico de Penha Garcia: antes do estudo actualizado da geomorfologia do local, os fósseis de penha Garcia, tratados popularmente como "cobras pintadas", foram retirados do local, indiscriminadamente.
Graças ao trabalho do Geopark, há hoje uma tentativa de consciencialização da população local para o valor científico dos fósseis.
Há também consciência do seu valor económico.
Naturalmente que a atitude de que, infelizmente, foi objecto não passará de excesso de zelo de um habitante, finalmente orgulhoso das pedras de Penha Garcia.
Esperamos que o Centro de Portugal, na sua ímpar diversidade, possa continuar a merecer a distinção da sua visita e da sua família.

Um abraço,
Ana Cota
Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal