O pavilhão da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), na Covilhã, vai-transformar-se numa enorme galeria de arte. A primeira edição da Arte Covilhã decorre de 8 a 10 de Dezembro e conta com a participação de mais de 120 criadores, na sua maioria da região, e de três galerias de arte, com obras de pintores e escultores de renome nacional e internacional. Tudo num fim-de-semana comprido, com propostas acessíveis a todas as "bolsas". A entrada é gratuita.
«É um conceito inovador na Beira Interior que permite reunir num único espaço os vários criadores de arte da região», adianta Margarida Silva, do departamento de exposições da ANIL, que promove o evento. «As feiras que por cá se fazem habitualmente são mais direccionadas para o artesanato, mas desta vez vamos apostar na arte contemporânea», acrescenta. No certame vão estar representadas trabalhos de pintura, escultura, fotografia e escrita, «proporcionando aos visitantes a oportunidade de admirar as diferentes formas e estilos de arte, bem como a possibilidade de adquirir as obras em exposição», refere. Valorizar a arte e os seus criadores, promover e divulgar os artistas das Beiras e o seu trabalho a nível regional e nacional ou dar a conhecer ao público em geral a riqueza artística do interior do país são alguns dos objectivos desta feira inédita na região.
A Arte Covilhã conta com a participação de mais de 120 participantes, na sua maioria naturais da região, como Carlos Adaixo, Pedro Figueiredo, Gracinda Costa (Guarda), Filomena Rodrigues (Seia), Francisco Amaro (Fundão), Jorge Almeida (Covilhã), Júlio Pereira (Castelo Branco) ou José Santos (Alcaria), entre outros.
Por outro lado, está assegurada a presença de três galerias de arte que apresentarão obras de pintores e escultores de renome nacional e internacional. Para incentivar a formação de novos criadores, integrado neste certame irá funcionar o espaço "Jovens Artistas", onde os alunos das diferentes escolas do concelho da Covilhã vão apresentar os seus trabalhos e dar asas à sua criatividade. O mesmo desafio será lançado aos visitantes, que poderão desenvolver trabalhos. «E, quem sabe, podem ser descobertos novos talentos», espera a responsável.
Esta exposição foi inspirada na Arte Lisboa, que já vai na sexta edição, confessa Margarida Silva. No entanto, o certame da capital, que decorre anualmente na FIL, agrupa galerias cuja actividade está orientada para a promoção e divulgação da arte contemporânea. «Aqui, os criadores também foram convidados», distingue, mas no próximo ano poderá funcionar «de outra forma», confessa. O evento tem ainda uma componente solidária, já que a ANIL ofereceu a Helena Silva (a mãe do "Menino Azul", que se tem dedicado à pintura como forma de conseguir meios para adquirir os medicamentos necessários ao tratamento do filho) e Cláudio João (que sofre de uma doença grave, mas tem um enorme talento para pintar) a oportunidade de exporem e venderem os seus quadros. O certame está aberto das 15 às 23 horas (nos dias 8 e 9) e das 15 às 19 horas, no último dia.
Fonte : O Interior
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