A célebre companhia de teatro de Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro subiu ao palco para estrear o Cine-Teatro S. Pedro a 6 de Junho de 1925. Agora em 2006, é a data que devolveu a liberdade a Portugal, 25 de Abril, que está associada à reabertura de um espaço que foi condenado a um encerramento e a uma intervenção que se arrastaram durante 10 anos, desde 1996. Uma década durante a qual S. Pedro do Sul e a região se viram privados de um dos espaços culturais mais emblemáticos do distrito de Viseu.
A passada terça-feira, dia 25, foi dia de reabertura de portas. Subiram ao palco a cantora Isabel Silvestre, nativa da freguesia local de Manhouce, o grupo de teatro popular Cénico, de S. Pedro do Sul, e a companhia Trigo Limpo Teatro ACERT, de Tondela, por ordem de entrada. Um programa de festas a que também não faltou a “actuação” de uma pitada de polémica.
Em pleno coração da vila de S. Pedro do Sul, fica o Teatro de estilo Romântico, que foi financiado pela “ Empresa Comercial Sampedrense, Lda”, da família “Silvas e Farrecas”, nos idos anos de 1920.Exteriormente apresenta uma arquitectura simples, com dois andares e um sobrado. Apesar da arquitectura exterior não se identificar com um cine-teatro, o seu interior é de grande beleza: a sala em ferradura alongada, plateia e o palco (com um espectacular pano de boca).
No 1º piso existem 10 camarotes laterais, com bojo avançado sobre a plateia (ornamentado com nervuras e motivos florais), e no 2º piso localiza-se a cabine de projecção. Lateralmente a essa cabine, em anfiteatro de degraus fixos, encontra-se o “galinheiro” debruçado sobre a plateia, dando a ilusão, visto de baixo, que se tratavam de camarotes, já que o bojo tinha decoração idêntica à do 1º piso.O tecto é em forma de tampa de urna invertida, ornamentado com frisos, festões e círculos à volta de 7 candeeiros incrustados, como olhos de boi.
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