Aaron Ciechanover, o biólogo israelita Prémio Nobel da Química em 2004, visitou Belmonte na passada sexta-feira, para conhecer a comunidade judaica que ali vive conservando as mais antigas tradições religiosas. “Foi com emoção que me encontrei com uma ‘Fénix Renascida’. Depois do Holocausto é quase um milagre encontrar uma comunidade perfeitamente integrada e que vive de uma forma aberta a sua religião e as suas tradições”, confidenciou.
O Nobel rezou na Sinagoga, conheceu o novo cemitério e visitou o Museu Judaico onde mostrou grande interesse pelos documentos e achados arqueológicos ali existentes. Mas, sobretudo, pela história dos judeus em Portugal. Ainda em Belmonte, fez questão de conhecer as façanhas históricas de Pedro Álvares Cabral, e visitou o castelo. O frio matinal não o impediu de tirar abundantes fotos e fazer mil perguntas, enquanto cumprimentava pelas ruas alguns membros da comunidade judaica.
O Nobel rezou na Sinagoga, conheceu o novo cemitério e visitou o Museu Judaico onde mostrou grande interesse pelos documentos e achados arqueológicos ali existentes. Mas, sobretudo, pela história dos judeus em Portugal. Ainda em Belmonte, fez questão de conhecer as façanhas históricas de Pedro Álvares Cabral, e visitou o castelo. O frio matinal não o impediu de tirar abundantes fotos e fazer mil perguntas, enquanto cumprimentava pelas ruas alguns membros da comunidade judaica.
“Já me tinham falado de Belmonte e agora fiz questão de fazer esta visita. Nasci em Israel, vivo os problemas do meu povo, e aqui encontrei uma história fantástica de uma comunidade que sobreviveu a expulsões do país, à inquisição, a uma ditadura pouco tolerante e mantém, hoje, viva a mais antiga tradição. É uma história de sobrevivência fantástica”, disse.
Impressionado com almoço Kosher
A convite do Hotel Turismo da Covilhã, Aaron Ciechanover e a sua comitiva, que incluía vários professores universitários, tiveram ainda um almoço kosher, ou seja, uma refeição confeccionada segundo as regras da tradição judaica. Impressionado, disse: “Uma verdadeira surpresa. Não se encontram restaurantes preparados paras estas exigências. Quando andamos em viagem temos muita dificuldade”.
Helena Brancal do hotel esclarece que “as tradições religiosas são muito rigorosas, no tratamento dos alimentos, nas formas de os confeccionar, assim como em todos os rituais. Mas gostamos de aceitar desafio".
A Adega Cooperativa da Covilhã associou-se ao almoço, com uma prova de vinhos kosher. A comitiva saboreou ainda compotas e marmeladas kosher e azeite. Uma dinâmica em torno da cultura judaica que deixou Aaron Ciechanover surpreendido, o que o levou a prometer divulgar a região e contar a forma como foi recebido. “Houve uma certa magia nesta visita”, concluíu sorrindo.
Fonte: Kaminhos
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