A Universidade da Beira Interior (UBI) está a colaborar com a Microsoft Portugal numa investigação sobre o cancro da mama. Este projecto, que é pioneiro em Portugal, tem como principal objectivo “melhorar e tornar mais precisa a identificação automática de doentes com cancro da mama”, informou a empresa.
O projecto irá processar dados médicos de mulheres portuguesas e visa tornar mais precisa a identificação automática de doentes com cancro da mama. Trata-se do primeiro projecto de desenvolvimento de aplicações de High Performance Computing (HPC) inovadoras e tem como objectivo “apoiar a investigação científica do cancro da mama”, disse a Microsoft Portugal. O tratamento dos dados registar-se-á no laboratório de High Performance Computing, em Porto Salvo, no concelho de Oeiras, que irá tratar os dados (mamografias) de mulheres portuguesas, com e sem cancro da mama.
Segundo a empresa, o principal objectivo da iniciativa é “melhorar e tornar mais precisa a identificação automática de doentes com cancro da mama”. Para tal, a empresa contará com informações (registos médicos) reunidos pela Universidade da Beira Interior, parceira neste projecto, intitulado “Hipercâmbio”.
Com uma duração mínima de três anos, o Hipercâmbio (High Performance Computing Applied to Medical Data and Bioinformatics) deverá dar “um contributo significativo na detecção precoce desta doença, na medida em que a investigação nesta área obriga à utilização de tecnologias que permitam processar enormes quantidades de dados médicos”.
Por seu lado, “a utilização de algoritmos de processamento paralelo e de HPC é particularmente adequada para alcançar este objectivo”, refere uma nota da empresa.A Microsoft Portugal e a Universidade da Beira Interior esperam obter os primeiros resultado científicos, que serão publicados em revistas e conferências da especialidade, durante o segundo ano do projecto.Para o director-geral da Microsoft Portugal, Nuno Duarte, trata-se de “um investimento importante da Microsoft, que demonstra não só um compromisso com a área da investigação científica, como a forte aposta que a companhia continua a fazer em Portugal”.
“Temos muito orgulho em desenvolver este projecto inovador no seio das subsidiárias Microsoft, que permitirá utilizar as ferramentas tecnológicas para apoiar os cientistas no seu trabalho de investigação, o que esperamos venha a trazer benefícios relevantes para a toda a sociedade”.
Anualmente, surgem em Portugal cerca de 4.000 novos casos de cancro da mama e morrem 1.500 mulheres devido à doença.
Fonte: As Beiras
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