Iniciativa resiste “às profundas dificuldades financeiras” e conta com uma centena de iniciativas que são um hino às artes. Celebra também o bicentenário do nascimento de Darwin, o centenário do manifesto futurista de Marinetti e os 40 anos do movimento estudantil de 1969 O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) foi ontem o local escolhido para a apresentação da XI Semana Cultura da UC, este ano subordinada ao tema “Velocidade e movimento”. Na cerimónia, o reitor Seabra Santos prometeu «uma semana intensa», com quase uma centena de eventos, até porque «de todos os lados da comunidade universitária apareceram contribuições» para dar vida ao cartaz.
Segundo Seabra Santos a crise económica não afectou a organização do certame. «Estamos num período de profundas dificuldades financeiras, mas entendemos que devemos continuar com a Semana Cultural, porque não somos daqueles que quando é preciso cortar cortam na cultura», explicou.
O evento realiza-se de 1 a 7 de Março, mas o reitor recordou que há iniciativas agendadas para antes e depois dessa semana. «Na verdade começa antes, no dia 28, com um banquete aerofuturista no Hotel Astória», afirmou. O jantar conta com a participação de Peter de Bie, encenador e “chef” belga da companhia Laika, que será acompanhado por artistas portugueses. O evento termina apenas no dia 9. A renovada Casa das Caldeiras recebe o encerramento formal, onde será entregue o Prémio UC ao artista plástico Julião Sarmento.
A 11.ª edição do evento volta a apostar no cruzamento entre artistas da cidade, do país e do estrangeiro e inclui produções do Teatro Meridional, do Teatro da Rainha, da cooperativa Circolando ou da Barba Azul Teatro.
A produção dos grupos envolvidos é variada, percorrendo áreas como o teatro, o novo circo, a fotografia, a música, o cinema, a ciência, colóquios, exposições e workshops. A apresentação das actividades mais sonantes esteve a cargo dos consultores de programação da Semana Cultural, Madalena Vitorino e Giacomo Scalisi (ver fotolegendas).
Na cerimónia, o pró-reitor para a cultura, José António Bandeirinha, explicou que muitos espectáculos estão relacionados com três efemérides que a Semana Cultural quer assinalar: os 100 anos do Manifesto Futurista de Marinetti, os 200 anos do nascimento de Charles Darwin e os 40 anos do movimento estudantil de 1969.
José António Bandeirinha explicou também que, este ano, «os espectáculos terão como sede o espaço físico do TAGV e serão mais centrados na Alta Universitária do que no último ano, envolvendo museus, laboratórios, institutos e a AAC».
Não obstante, algumas actividades percorrem outros espaços da cidade, como por exemplo a Praça 8 de Maio ou a Praça da República. Ao contrário de outros anos não está agendada nenhuma actividade para fora do espaço geográfico de Coimbra.
Fonte: Diário de Coimbra
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