terça-feira, 15 de setembro de 2009

19/09 - "A recepção do Darwinismo em Portugal" no Centro de Ciência Viva A Floresta com Adelino Cardoso


No dia 19 de Setembro, Sábado, às 21h00, o Centro Ciência Viva da Floresta recebe Adelino Cardoso, investigador auxiliar do Centro de História da Cultura (UNL) que irá proferir uma palestra subordinada ao tema "A Recepção do Darwinismo em Portugal".

"Na segunda metade do século XIX, os cientistas portugueses acompanharam os progressos da ciência e também os intensos debates que suscitaram grandes paixões e marcaram o seu tempo tiveram repercussão nos meios científicos nacionais. De todas elas, a questão que mais paixões suscitou foi a revolução darwiniana, pelas suas implicações científicas e extra-científicas, designadamente no domínio religioso, filosófico e social: a continuidade entre o mundo animal e o mundo humano abre uma ferida insanável no narcisismo que subjaz à auto-compreensão que o homem tem de si mesmo na tradição judaico-cristã e também na platónico-aristotélica.

A revolução darwiniana não terá tido em Portugal o impacto que conheceu noutros países, mas, ainda assim, ela é tratada em termos que são elucidativos da inteligibilidade científica em gestação. Dispondo embora de uma volumosa e bem documentada tese de doutoramento sobre Darwin em Portugal, a verdade é que ainda não está feito o inventário exaustivo do corpus textual em que as doutrinas evolucionistas são examinadas."
Adelino Cardoso


Adelino Cardoso é natural do Pergulho, Proença-a-Nova, onde nasceu em 1950.

Licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Lisboa (1975). Desde
1972 até 2009, foi professor do Ensino Secundário. A par da docência, dedicou-se à investigação, tradução e edição. Fundou a revista Logos (1984), da qual foi Director. Trabalhou longos anos na revista Análise, dirigida por Fernando Gil.

Doutorou-se em 2003 pela Universidade de Lisboa, no âmbito da História da Filosofia Moderna. Presentemente, é Investigador do Centro de História da Cultura (Universidade Nova de Lisboa), onde desenvolve um projecto intitulado “Homem, Natureza e Cultura”. Dentro da colaboração com o Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, do qual foi investigador durante mais de uma década, coordena o projecto “Filosofia, Medicina e Sociedade”.

Publicou largas dezenas de artigos em Portugal e no estrangeiro. É autor de vários livros, entre os quais: Fulgurações do eu (2002), O trabalho da mediação no pensamento leibniziano (2006), Vida e percepção de si (2008). Dentre os trabalhos de tradução, refira-se “A Crise”, obra de J. Pigeaud (2009). Dirige duas colecções nas Edições Colibri. É membro da Comissão de Ética do Insituto Português de Oncologia.

Os seus interesses de investigação distribuem-se por: Filosofia Moderna, Bioética, Filosofia da Medicina, História da ciência, Pensamento português, Fenomenologia.

Fonte: Centro Ciência Viva da Floresta

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