A Catedral da Guarda vai abrir os seus tesouros ao mundo, de junho a agosto, através de visitas encenadas que pretendem evidenciar “a importância histórica, religiosa e cultural do principal monumento da cidade”.
Os turistas que se deslocarem à cidade da Guarda nos meses de Junho, Julho e Agosto, vão poder assistir a visitas encenadas à Sé, organizadas pela Empresa Municipal Culturguarda, com o objectivo de divulgar aquele monumento e de atrair visitantes para a cidade mais alta do País.
A iniciativa, denominada “Passos à volta da memória - uma visita encenada à Sé da Guarda”, surge no seguimento da actividade realizada no ano passado no Centro Histórico. Vai decorrer entre 7 de Junho e 31 de Agosto, com sessões das terças às sextas-feiras, às 10.30 horas e às 16.00 horas, e aos sábados, às 17.00 horas.
Na conferência de imprensa de apresentação do projecto, realizada na quinta-feira, dia 12 de Maio, Américo Rodrigues, director do Teatro Municipal da Guarda e coordenador geral da produção, anunciou que as visitas terão a duração de cerca de uma hora e irão realizar-se no interior, no exterior e na cúpula do monumento.
Contou que a visita guiada, encenada por Antónia Terrinha, com texto de Pedro Dias de Almeida, será conduzida, de forma alternada, pelos actores André Amélio e Miguel Moreira. Durante o percurso, o cicerone “guiará os visitantes, contando histórias e segredos sobre o monumento mais querido dos guardenses, uma das mais antigas, bonitas e imponentes catedrais de Portugal”. “É um avanço enorme na promoção deste belo monumento, mas também de toda a cidade”, disse Américo Rodrigues sobre a iniciativa que envolve a Câmara Municipal, a Diocese da Guarda e o Ministério da Cultura, através da Direcção Regional de Cultura do Centro.
O responsável reconhece que a animação contribuirá “para a atracção de visitantes ao centro da cidade, para dinamizar o centro histórico, enriquecer a oferta turística e renovar a atenção para a importância histórica, religiosa, cultural e turística do principal monumento da cidade”.
Américo Rodrigues registou a congregação de esforços das várias entidades “no sentido de realizarmos uma actividade conjunta que promova a Sé e a própria cidade”.
Também anunciou que durante a visita, a organização distribuirá aos participantes o livro “Esboceto histórico-artístico da Sé da Guarda”, uma monografia sobre a Catedral, da autoria do historiador de arte João Paulo Martins das Neves.
A vereadora do pelouro do Turismo da Câmara da Guarda, Elsa Fernandes, considera que a iniciativa “é mais do que uma visita turística”, por considerar tratar-se de uma actividade “didáctica e pedagógica”. Referiu que a Catedral é um ex-libris da cidade e do País e mostrou-se satisfeita por a iniciativa reunir várias entidades.
O Cónego Eugénio da Cunha Sério, presidente da Comissão de Arte Sacra da Diocese da Guarda, declarou que a visita encenada à Sé permitirá divulgar aos visitantes “uma construção forte, bela e elegante, segundo a arte do gótico”. “É uma edificação muito perfeita, com medidas exactas, com perfeição das naves e das alturas”, salientou.
“Passos à volta da memória” também agrada ao director regional de Cultura do Centro, António Pedro Pita, por permitir “aprofundar a riqueza do olhar” dos visitantes. “A conjugação da encenação com este magnífico edifício, só pode dar bons resultados”, disse, confidenciando que acolheu o projecto “com particular satisfação”.
O projecto materializado pela Culturguarda envolve custos de 22 mil euros, e é comparticipado em 80% por fundos comunitários, uma vez que está integrado no Projecto de Teatralização do Centro Histórico da Guarda, inserido na candidatura Política de Cidade – Parcerias Para a Regeneração Urbana, apoiado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Fonte: Rota das Catedrais
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