O Palácio do Gelo Shopping, na cidade de Viseu, em parceria com o Regimento de Infantaria nº14, irá apresentar, entre os dias 6 e 22 de Março, uma exposição fotográfica inédita, retratando as diferentes etapas da experiência portuguesa na I Guerra Mundial.
Numa das raras oportunidades em Portugal, serão expostas 110 fotografias de grande valor histórico e cultural. Heranças que retratam uma geração que viveu um dos maiores conflitos do século XX, e que recentemente foram compiladas pelo Exército Português, num livro intitulado “Exército Português – Imagens da I Guerra Mundial”, que estará à venda no decorrer da exposição.
Numa das raras oportunidades em Portugal, serão expostas 110 fotografias de grande valor histórico e cultural. Heranças que retratam uma geração que viveu um dos maiores conflitos do século XX, e que recentemente foram compiladas pelo Exército Português, num livro intitulado “Exército Português – Imagens da I Guerra Mundial”, que estará à venda no decorrer da exposição.
Destacado na época, o Regimento de Infantaria nº14 - com o qual o Palácio do Gelo promove esta iniciativa conjunta - viveu os dias de guerra em França, mas também em Angola, palco para o qual se estenderam os conflitos europeus. Deste modo, haverá uma oportunidade única para revisitar a história em magnificas imagens capturadas por Arnaldo Rodrigues Garcez, responsável pela cobertura fotográfica do palco de guerra que teve lugar entre 1914 e 1918, podendo ainda conhecer os momentos e os rostos de quem partiu para um dos maiores conflitos bélicos da nossa história numa exposição inédita. Esta mostra fotográfica estará patente no Piso 0 do Palácio do Gelo Shopping.
A Primeira Grande Guerra
A I Guerra Mundial apesar de não ter sido provocada deliberadamente, é por muitos analistas considerada como premeditada ou, pelo menos, há muito prevista. A 28 de Junho de 1914, em Sarajevo, o herdeiro do trono Austro-Húngaro Francisco Fernando e sua mulher foram vitimas de um atentado. Este facto serviu de pretexto para o inicio da Guerra. A 1 de Agosto de 1914, a Alemanha declara guerra à Áustria e a 5 de Agosto a Inglaterra declara guerra à Alemanha. Portugal, com possessões limítrofes com colónias alemãs e Inglesas, não podia ficar neutral e em 7 de Agosto, declarou-se ao lado da sua velha aliada. Em Janeiro de 1917, Portugal marcava presença no conflito, tendo destacado para a Flandes um Corpo Expedicionário (C.E.P) sob o comando do General Tamagnini, constituído inicialmente por uma Divisão sob o Comando do General Gomes da Costa e posteriormente por duas Divisões, com efectivos totais de 1551 oficiais e 38034 praças (os sargentos faziam, à época, parte da classe das praças). Em virtude da falta de preparação do C.E.P, pese embora o facto de ter sido considerado um milagre o levantamento da “Divisão de Instrução” em Tancos (obra do ministro da Guerra, General Norton de Matos), as tropas portuguesas passam em França por escolas de instrução sob orientação inglesa. Só em Julho o C.E.P. assume a responsabilidade de um pequeno sector. A dureza da vida das trincheiras e a permanência exagerada nas mesmas afectam o moral das tropas. Em 9 de Abril de 1918, os alemães atacam em força o nosso sector (data em que se estava a iniciar a rendição das nossas tropas). O assalto dos alemães encontrou os portugueses numa posição pouco favorável. Considerando-se as circunstancias, os militares portugueses bateram-se com bravura. Os resultados cifraram-se em cerca de 2000 mortos, 5000 feridos e 6000 prisioneiros. Portugal durante o conflito, teve também empenhado em África (Angola e Moçambique) cerca de 50150 homens numa guerra cuja dureza ficou marcada por cerca de 4000 mortos em Moçambique (a maioria por doença) e 1000 mortos em Angola.
Fonte: Visabeira Turismo
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