O 2.º Encontro Internacional sobre Património Mundial de Origem Portuguesa, que decorre a partir de sábado, em Coimbra, vai juntar representantes de 25 países: da Europa, África, Ásia e América do Sul. São cerca de 300 participantes que vão agir em duas linhas paralelas. Por um lado, participar nos trabalhos, e em segundo lugar preparar a formalização da “Rede WHPO” (World Heritage Portuguese Origin).
Com efeito, um dos momentos importantes do evento será a formalização da “Rede WHPO” que junta países com património cultural de influência portuguesa. O que acontecerá na próxima terça-feira de manhã, referiu ontem o reitor da Universidade de Coimbra, na apresentação do evento.
Constituída por organismos estatais e particulares, assim como instituições com responsabilidade nos processos de gestão do património, a rede permitirá aos envolvidos um acesso sem precedentes a instrumentos e conhecimentos relacionados com a classificação de património mundial da UNESCO.
Seabra Santos disse que o 2.o Encontro Internacional sobre Património Mundial de Origem Portuguesa segue os trabalhos e as conclusões do primeiro e «complementa, não completa, muito do que é preciso fazer para preservar e defender os bens que por esse mundo fora se podem considerar» de origem portuguesa.
Trocas de experiências
Por sua vez, o presidente da Comissão Nacional da UNESCO sublinhou que não existem redes semelhantes no resto do mundo. «Aqui estamos a falar de património que vai desde a América do Sul, África, Europa», disse Fernando Guimarães, dando conta que há algo parecido em relação a Espanha e América Latina. «Mas esse é um universo uniforme», sublinhou.
Esta potencialidade, de acordo com Fernando Guimarães, «é vista com grande interesse pela UNESCO». «Não estamos a falar de contactos. Estamos a falar de trocas de experiências», concretizou, dando conta que um dos aspectos a estudar é exactamente essa partilha. «O que é que um gestor de um forte da costa Oriental de África pode aprender com um gestor de um forte da Ásia», exemplificou.
O 2.o Encontro Internacional sobre Património Mundial de Origem Portuguesa surge numa altura em que a Universidade de Coimbra prepara a sua candidatura a património mundial, em cuja lista indicativa foi incluída em 2008. Recorde-se que o 1.o Encontro Internacional realizou-se em Abril de 2006.
Cerca de 60 investigadores e abordagens variadas
O encontro, que se prolonga até ao próximo dia 26, inclui quatro conferências plenárias e 13 “workshops” com temas diversos que vão das Ciências às Humanidades e que contarão com a presença de cerca de 60 investigadores. Os trabalhos, propriamente ditos, iniciam-se domingo, no auditório da Faculdade de Direito de Coimbra. O sábado, entretanto, será dedicado à recepção dos participantes, visita guiada ao Paço das Escolas da Universidade, passeio a pé da Alta para a Baixa, “cocktail” de boas-vindas nos Paços do Concelho e um “ Momento de Canção de Coimbra” no Café Santa Cruz.
Fonte: Diário de Coimbra
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