As terras e o padroado de Sangalhos entraram na posse do Mosteiro de Santa Clara de Coimbra em 1338, por via de um legado testamentário de D. Isabel de Aragão, através da outorga de seu filho, D. Afonso IV.
Desde o século XIV o mosteiro recebia as rendas destas terras, pagas em dinheiro ou em géneros, contando-se entre elas o vinho, “à bica do lagar”, situação que cessou no século XIX com a extinção das ordens religiosas.
Para além de bebida litúrgica e de mesa, o vinho tinha ainda uso farmacêutico, na preparação de uma beberagem elaborada pela própria D. Isabel para certas maleitas. Este vinho medicinal continuou a ser ingerido ao longo dos séculos pelos fiéis que, junto ao túmulo da Rainha Santa, pediam curas e bênçãos.
A ligação secular das terras de Sangalhos (hoje no concelho de Anadia) ao Mosteiro, é agora retomada através deste vinho, inspirado no nome dado àquela bebida, o vinho santo.
Mais informações em Mosteiro de Santa Clara-a-Velha
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